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José Vargas Sobrinho Junior

DDH, Advogado & Professor
PAULO FROTA MEDALHA
2018
JOAO CANUTO PREMIO
2017

Para mim, a única pergunta possível e urgente de ser respondida era "Por que é que as forças policias do Estado julgam que podem matar dez pessoas e têm a certeza de que isso ficará impune?" 

José Vargas Sobrinho Junior

Jose Vargas Sobrinho Junior é um defensor de direitos humanos, professor universitário e advogado em Redenção, no estado do Pará. Vargas é conhecido pelo trabalho em casos importantes para a defesa dos direitos humanos no Brasil, como o das vítimas do massacre do Pau D'Arco, trabalhadores rurais sem terra em demanda contra a JBS e indígenas Kayapó contra mineradoras em Cumaru do Norte. Em uma das regiões mais perigosas em termos de conflitos agrários do país, e em um dos estados com mais assassinatos no campo, o Pará, Vargas tem a sua atuação marcada pela defesa de trabalhadores rurais sem-terra, comunidades indígenas e tradicionais. Vargas foi inserido no Programa de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos do Pará por conta das constantes ameaças em represália por seu trabalho em defesa de direitos humanos, em particular no caso do massacre de Pau D'Arco. No passado, Vargas já se viu obrigado a sair da cidade com sua família, como medida de proteção em decorrência do aumento das ameaças. 

Como reconhecimento de sua luta em defesa dos direitos humanos, em particular do direito a terra, José Vargas Junior recebeu o Prêmio João Canuto 2017, concedido pelo Movimento de Direitos Humanos (MhuD). Além disso, em 2018, ele também recebeu a medalha Paulo Frota, outorgada pela Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA). 

Em janeiro de 2021, o defensor dos direitos humanos foi preso vinculado à investigação do desaparecimento de um homem em outubro de 2020. O promotor não apresentou argumentos sólidos para apoiar a detenção preventiva. O defensor nega qualquer envolvimento no desaparecimento do indivíduo.

Brazil

Os desafios e ameaças enfrentados pelos/as defensores e defensoras de direitos humanos no Brasil continuam muito elevados, particularmente para aqueles/as que trabalham em questões sobre a terra, o meio ambiente, os povos indígenas, os direitos LGBTI, a corrupção e a impunidade.