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Histórico do caso: António Capalandanda

Status: 
Ameaçado
Sobre a situação

Um mês depois de ter sido agredido fisicamente, o defensor dos direitos humanos e jornalista Sr António Capalandanda continua a ser submetido a ameaças e atos de vigilância e intimidação. António Capalandanda é jornalista para a rádio e sítio de notícias on-line Voz da América em Angola.
 

Sobre António Capalandanda

António Capalandanda é jornalista para a rádio e sítio de notícias on-line Voz da América em Angola. Seu trabalho concentra-se nos direitos humanos e na violência política no país, bem como na investigação de casos de corrupção envolvendo funcionários públicos.

 

8 Janeiro 2013
Ameaças contínuas, atos de intimidação e vigilância do jornalista António Capalandanda

Um mês depois de ter sido agredido fisicamente, o defensor dos direitos humanos e jornalista Sr António Capalandanda continua a ser submetido a ameaças e atos de vigilância e intimidação. António Capalandanda é jornalista para a rádio e sítio de notícias on-line Voz da América em Angola. Seu trabalho concentra-se nos direitos humanos e na violência política no país, bem como na investigação de casos de corrupção envolvendo funcionários públicos.

Em diferentes ocasiões no início de janeiro de 2013, António Capalandanda foi supostamente seguido por homens não identificados, em um veículo, que repetidamente estacionaram perto de sua residência e seguiram-no sempre que deixou a casa para o trabalho. Há relatos de que os homens, que aparentemente estão a monitorizar o que o defensor dos direitos humanos faz ou com quem encontra-se, nunca o abordaram. Durante o mesmo período em que ocorreram os incidentes mencionados acima, o correio eletrónico de António Capalandanda foi hackeado por indivíduos desconhecidos, conforme informação do seu provedor de serviços de e-mail, que regista o horário e o Protocolo de Internet (IP) do último acesso.

No dia 7 de dezembro, aproximadamente às 11 horas, dois homens não identificados em uma motocicleta assaltaram o jornalista, e roubaram sua sua câmara, um gravador e dois blocos de apontamentos. Um dos homens também tentou tomar a pasta de António, sem sucesso. No mesmo dia, António Capalandanda apresentou uma queixa na Direção Provincial de Polícia de Investigação Criminal do Huambo. O policial que registou o incidente afirmou que esse tipo de assalto não é comum na região e perguntou o jornalista sobre eventuais inimigos, e acrescentou que parecia que o defensor dos direitos humanos estava sob vigilância.

António Capalandanda recebeu anteriormente uma série de ameaças de morte vindas de indivíduos identificados como agentes de segurança do Estado, e foi abordado também com ofertas de trabalho no Governo em troca da cessação de seu trabalho jornalístico. Membros da família e amigos do defensor dos direitos humanos também foram supostamente vítimas de semelhantes atos de assédio.

No dia 5 de dezembro de 2012, dois dias antes do assalto, António Capalandanda foi abordado por um homem que apresentou-se como um agente dos serviços de segurança do Estado, e que proferiu ameaças de morte contra o jornalista. No dia 16 de maio de 2012, o defensor dos direitos humanos foi abordado por um homem que apresentou-se como coronel e agente dos serviços de segurança do Estado. O homem disse a António Capalandanda que o trabalho do jornalista não agradava ao Governo e  que os serviços secretos angolanos não hesitariam em terminar a vida de indivíduos que realizam esse tipo de trabalho.