Cyber ataque contra a organização pelos direitos LGBTQ+ Casa Chama
No dia 10 de dezembro, a Casa Chama foi vítima de um ataque virtual. Hackers invadiram a conta do Instagram da organização e apagaram o conteúdo que a Casa Chama havia publicado e difundido, tal como posts e vídeos contendo informação sobre os direitos da população trans no Brasil, diretrizes de saúde e segurança e informações sobre o trabalho e as atividades da organização, como gravações de transmissões ao vivo publicadas durante a COVID-19.
Casa Chama is a civil society organisation that advocates for the rights of the trans population in Brazil by denouncing the ongoing human rights violations this community faces. Casa Chama offers their assistance to members in areas such as healthcare, housing, employability, culture, education and security. Currently, there are approximately fifty trans people availing of the services provided by the organisation. Additionally, around 210 trans people are monitored by the organisation remotely; 90% of whom are living in the city of São Paulo and 85% of whom are in a situation of profound social vulnerability. During COVID-19, Casa Chama held more than 2000 appointments to assist trans people in understand and exercising their rights.
No dia 10 de dezembro, a Casa Chama foi vítima de um ataque virtual. Hackers invadiram a conta do Instagram da organização e apagaram o conteúdo que a Casa Chama havia publicado e difundido, tal como posts e vídeos contendo informação sobre os direitos da população trans no Brasil, diretrizes de saúde e segurança e informações sobre o trabalho e as atividades da organização, como gravações de transmissões ao vivo publicadas durante a COVID-19.
A COVID-19 e a resposta do Estado à pandemia afetaram as comunidades trans de maneira que agravam os sistemas de injustiça de classe, gênero, sexual e racial no país. À medida em que aumentam as necessidades de responder à emergências, defensores de direitos humanos trans enfretam um risco maior de prisão, ataques físicos ou trauma psicológico.
A Front Line Defenders condena o cyber ataque contra a Casa Chama por entender que está diretamente relacionado ao seu trabalho como defensor de direitos humanos, em particular os direitos relacionados à comunidade LGBTQI+ no Brasil. A Front Line Defenders reconhece esse ataque virtual como parte de um padrão de assécio contínuo contra a população trans no Brasil. A Front Line Defenders insta as autoridades brasileiras a garantirem, em todas as circunstâncias, que os defensores de direitos humanos possam realizar suas atividades legítimas sem medo de represálias e livres de todas as restriçẽos.
