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Histórico do caso: Marinalva Santana

Status: 
Ameaçada
Sobre a situação

Desde março de 2014, membros do Grupo Matizes, incluindo a Sra. Marinalva Santana, têm recebido ameaças de morte de um grupo anti-LGBT chamado Irmandade Homofóbica.

Sobre Marinalva Santana

Marinalva SantanaA defensora dos direitos LGBT e professora Marinalva Santana é um dos membros fundadores do Grupo Matizes, que trabalha na defensa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans em Teresina, Piauí. A animosidade social generalizada em relação aos direitos LGBT coloca a ONG e seus trabalhadores em sério risco. Marinalva Santana é também membro do Conselho Municipal LGBT, fundado em 2010 para fazer lobby politico pelos direitos da comunidade LGBT.

9 Junho 2014
Ameaças de morte contra os defensores dos direitos LGBT em Teresina, Piauí

Em 9 de Junho de 2014, uma ameaça de morte contra os defensores de direitos LGBT foi recebida no celular do Sr André Santos, Presidente do Conselho Municipal LGBT de Teresina.

A mensagem é a última de uma série de ameaças de morte emitidas contra diversas organizações de direitos LGBT no Estado do Piauí, incluindo o Grupo Matizes e sua membra Sra Marinalva Santana.

Na manhã de 9 de Junho de 2014, uma mensagem de texto foi enviada para o celular de André Santos vinda de um grupo que se autodenomina Irmandade Homofóbica, que declarava: "Nós aqui da seita não queremos esse conselho funcionando. Somos 18 e se não parar, vamos ter que eliminar vocês. Sabemos que você é o presidente. Nós sabemos onde mora e muito mais. Até amanhã".

Desde março de 2014, o Grupo Matizes tem recebido ameaças de morte da Irmandade Homofóbica. Em 5 de março de 2014, as ameaças foram dirigidas a Marinalva Santana, depois que ela declarou à imprensa a possibilidade de que as pessoas que fizeram as ameaças são as mesmas que atacaram fisicamente um grupo de travestis em 2013. A ameaça de morte foi feita por meio de uma rede social, afirmando que "a Irmandade Homofóbica manda lembranças, tu vai morrer", com uma imagem de Marinalva. Este grupo vem ameaçando os membros da comunidade LGBT desde fevereiro de 2014 e emitiu a maioria das suas ameaças por meio de mídias sociais. Embora as ameaças estejam sendo investigadas pelas autoridades e tenham sido destacadas pela mídia local, a Irmandade Homofóbica continua fazendo ameaças. Há dois inquéritos abertos sobre o caso, sendo um deles no âmbito estadual e outro federal. Apesar disso, os defensores de direitos LGBT criticam a lentidão nas investigações, pois ainda não foram produzidos resultados. O Programa Federal para Proteção de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos está acompanhando o caso.