Back to top

Ataque e invasão nas instalações do Coletivo Movimenta Caxias

Status: 
Ataque e Invasão
Sobre a situação

Em 4 de agosto de 2021, por volta do meio-dia, dois homens armados não identificados invadiram o galpão onde se encontra a sede do Coletivo Movimenta Caxias. O Coletivo Movimenta Caxias está localizado em Duque de Caxias, município da região da Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. O galpão também abriga outros movimentos sociais da região.

O Movimenta Caxias Collective

O Coletivo Movimenta Caxias é um coletivo fundado em 2017 por defensores e defensoras de direitos humanos da Baixada Fluminense. O coletivo é dividido em diferentes áreas de atuação, tais como educação, cultura, comunicação, ações de solidariedade e combate ao racismo, em várias partes da cidade, particularmente na baixada do Rio de Janeiro. Ele realiza seu trabalho em vários bairros e favelas, sobretudo na região da Baixada Fluminense. Desde o início da pandemia da COVID-19, o coletivo vem realizando ações de solidariedade, como a distribuição de cestas básicas e produtos de higiene, e a hospedagem de pessoas em suas instalações durante as noites frias. Através de seu trabalho em defesa dos direitos humanos, o coletivo já forneceu apoio a mais de 45.000 famílias que enfrentam situações de risco e de vulnerabilidade social.

6 Agosto 2021
Ataque e invasão nas instalações do Coletivo Movimenta Caxias

Em 4 de agosto de 2021, por volta do meio-dia, dois homens armados não identificados invadiram o galpão onde se encontra a sede do Coletivo Movimenta Caxias. O Coletivo Movimenta Caxias está localizado em Duque de Caxias, município da região da Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. O galpão também abriga outros movimentos sociais da região.

Baixe o Apelo Urgente

O Coletivo Movimenta Caxias é um coletivo fundado em 2017 por defensores e defensoras de direitos humanos da Baixada Fluminense. O coletivo é dividido em diferentes áreas de atuação, tais como educação, cultura, comunicação, ações de solidariedade e combate ao racismo, em várias partes da cidade, particularmente na baixada do Rio de Janeiro. Ele realiza seu trabalho em vários bairros e favelas, sobretudo na região da Baixada Fluminense. Desde o início da pandemia da COVID-19, o coletivo vem realizando ações de solidariedade, como a distribuição de cestas básicas e produtos de higiene, e a hospedagem de pessoas em suas instalações durante as noites frias. Através de seu trabalho em defesa dos direitos humanos, o coletivo já forneceu apoio a mais de 45.000 famílias que enfrentam situações de risco e de vulnerabilidade social.

No dia 4 de agosto de 2021, dois homens armados invadiram o galpão do Coletivo Movimenta Caxias e interrogaram a zeladora. Os homens perguntaram onde estavam os responsáveis pelo projeto, e depois que a zeladora insistiu que ela não sabia, eles perguntaram onde estariam guardados os cartões de alimentação. Ninguém foi fisicamente ferido e nada foi levado do local. Em 5 de agosto de 2021, o incidente foi denunciado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

A Baixada Fluminense é uma região marcada por disputas territoriais entre milícias e tráfico, com altos índices de violência e abuso policial contra a comunidade negra, e intimidação contra defensores e defensoras de direitos humanos por diferentes atores. O Coletivo Movimenta Caxias relata que desde o final de 2020, no contexto das campanhas para as eleições municipais, seus membros têm experimentado um assédio cada vez maior devido a suas ações em defesa dos direitos humanos. Em outubro de 2020, por exemplo, um veículo com homens armados seguiu Wesley Teixeira, homem negro, defensor de direitos humanos e um dos cofundadores e figuras públicas do coletivo.

A Front Line Defenders tem acompanhado com profunda preocupação a escalada da violência contra os defensores de direitos humanos na região da Baixada Fluminense e no estado do Rio de Janeiro. A Front Line Defenders condena o ataque às instalações do Coletivo Movimenta Caxias, uma vez que este incidente é o mais recente de um padrão de constante intimidações contra defensores e defensoras de direitos humanos na região, particularmente contra defensores de direitos humanos negros e membros de movimentos de favela, que têm sido cruciais para enfrentar os impactos negativos da pandemia da COVID-19 nas comunidades periféricas.